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Estudo: Falta de engajamento acelera os pedidos de demissão no Brasil
Estudo Engaja S/A aponta 51% dos brasileiros desmotivados no trabalho. Engajamento cresce no Nordeste (49%) e entre pais (50%). Benefícios e propósito são cruciais para engajamento no país
A maioria dos brasileiros (51%) está desmotivada e pensa em pedir demissão dos seus respectivos empregos. Já para aqueles motivados e que gostam do seu local de trabalho o número cai bruscamente para 9,78%. Os dados são da 2ª edição do Engaja S/A, realizado pela FGV-EAESP, em parceria com a Flash e o Talenses Group. O Engaja é o primeiro índice anual que mede o engajamento dos trabalhadores brasileiros e revela dados exclusivos sobre o atual cenário de motivação profissional no país.
A pesquisa revela ainda que entre as regiões do país, trabalhadores do Nordeste (49%) e do Norte (47%) são os mais motivados, enquanto a região Sul (40%) está abaixo da média nacional. Por outro lado, Centro-oeste (44%) e Sudeste (43%) estão dentro da média do país.
Para os nordestinos, como o mercado de trabalho costuma ser menos dinâmico e os índices de pobreza aumentaram nos últimos anos. As oportunidades são mais escassas, logo, quando esses trabalhadores têm acesso ao mercado formal são mais engajados e “vestem a camisa”. Já a insatisfação entre os sulistas pode ser reflexo dos impactos na economia da tragédia que afetou o Rio Grande do Sul entre os meses de abril e maio de 2024.
"Os dados mostram como o contexto econômico e social impacta diretamente o nível de engajamento dos profissionais. É fundamental que as empresas olhem para as necessidades individuais de cada região e ofereçam políticas e práticas personalizadas, que façam sentido para seus colaboradores. O engajamento não se constrói apenas com benefícios, mas também com propósito, inclusão e um ambiente de trabalho equilibrado," destaca Isadora Gabriel, CHRO da Flash.
Parentalidade e engajamento
A pesquisa destaca ainda o papel da parentalidade no engajamento: entre os profissionais que são pais ou mães, 50% estão engajados, número que cai para 35% entre aqueles que não têm filhos. Esse dado sugere que a parentalidade pode influenciar positivamente o compromisso com o ambiente de trabalho.
Executivos lideram o engajamento impulsionados por remuneração e bônus
Os executivos permanecem no topo do ranking de engajamento no Brasil, com um aumento de 10 pontos percentuais em comparação ao ano anterior. Essa alta é reforçada pela percepção de maior remuneração, que subiu 18 pontos, especialmente devido à distribuição de bônus e ao Programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A avaliação da remuneração entre executivos foi de 4,11 em 2024, comparada a 3,69 em 2023.
Benefícios mais requisitados
A segunda edição do Engaja S/A destaca ainda que as práticas mais almejadas pelos colaboradores são: Folga Aniversário, Programa de Participação no Lucros e Resultados (PLR), e Short Friday.
Além disso, quando questionados sobre a política organizacional e cultural das empresas, os trabalhadores relataram que apreciam:
- Respeito e companheirismo
- Adequação das habilidades do profissional ao cargo que ocupa
- Diversidade e inclusão
- Bom relacionamento com os colegas
- Objetivos de trabalho claros e transparentes
- Impacto gerado pelo colaborador na empresa ou além dela (social)
- Propósito da empresa gera identificação
- Processos de trabalho bem definidos
- Equilíbrio entre a vida profissional e pessoal
- Treinamento e suporte para o desenvolvimento profissional